Enfarte Agudo do Miocárdio.
O Enfarte Agudo do Miocárdio (EAM), também conhecido como ataque cardíaco, é a morte das células de uma parte do músculo cardíaco, que ocorre na sequência de uma obstrução completa de uma artéria coronária (artérias que irrigam o coração). A principal causa de EAM é a aterosclerose, que corresponde à formação de placas de gordura que, ao longo da vida, se desenvolvem e depositam no interior das artérias coronárias, provocando uma obstrução e dificuldade à passagem do sangue (fluxo sanguíneo). Na maioria dos casos a obstrução completa da artéria é provocada pela formação súbita de um coágulo (trombo) que leva à interrupção do fluxo sanguíneo. O EAM é a principal causa de morte no mundo ocidental.
Sintomas
Os sintomas do Enfarte do Miocárdio são dor no peito (aperto, pressão, ardor) com irradiação aos membros superiores (braço esquerdo, costas e pescoço, dorso ou mandíbula), podendo ser acompanhada de suores, náuseas, falta de ar e dor abdominal.
Diagnóstico
O electrocardiograma é um exame fundamental para a identificação de um EAM, pois pode distinguir entre vários tipos de enfarte e determinar qual o tratamento mais adequado. Se o electrocardiograma apresentar uma alteração denominada supradesnivlamento do segmento ST, isto significa que uma das artérias coronárias pode estar completamente obstruída e que o tratamento indicado é abrir a artéria e fazer com que o fluxo sanguíneo volte a circular no seu interior. Em caso de suspeita de EAM o INEM pode realizar o electrocardiograma no local onde o doente se encontra e transportar-lo para o hospital onde o tratamento mais adequado pode ser realizado.
Tratamento mais adequado
O tratamento do enfarte mais eficaz e com maior sucesso é a angioplastia primária, que permite reabrir as artérias obstruídas e restaurar a circulação sanguínea no miocárdio. A angioplastia primária realiza-se com a colocação de um cateter na artéria obstruída, através do qual se introduz um balão que, quando insuflado, permite a abertura da artéria e restabelecimento do fluxo sanguíneo. Na maioria das vezes, este procedimento é complementado com a colocação de um stent, dispositivo médico composto por uma pequena malha metálica que mantém o vaso aberto. Após a realização deste tratamento, a dor diminui de intensidade e os sintomas aliviam de imediato. Existe evidência científica irrefutável que demonstra que a recanalização da artéria coronária obstruída por angioplastia primária, salva vidas, reduz a mortalidade, a recorrência de enfarte e de acidente vascular cerebral (AVC), quando comparada com outros métodos de desobstrução coronários.
Implementar o tratamento, o mais precocemente possível, desde o início dos sintomas, é fundamental para preservar o bom funcionamento do coração e evitar complicações e limitações futuras.